UNIÃO EUROPEIA RECOMENDA MEDIDAS PARA ATENUAR EFEITOS DO AQUECIMENTO GLOBAL
A deslocação de povoações costeiras e a mudança da época das sementeiras são medidas que a União Europeia (U.E.) terá que adoptar para se preparar para as mudanças climáticas, defende um relatório da Comissão Europeia.
O “livro verde” sobre a adaptação da União Europeia às mudanças climáticas, a publicar em meados de Junho, refere ainda que a redução das emissões de CO2 não será suficiente para fazer face às mudanças no clima nas próximas décadas.
“A adaptação é um complemento inevitável nos esforços para atenuar os efeitos das mudanças climáticas. Um certo grau de mudança será inevitável mesmo que resultem os esforços para a atenuar nas próximas décadas”, escreve a comissão no documento antecipado pela agência France-Presse.
O agravamento da seca no sul da Europa, o aumento das tempestades e das chuvas intensas (que provocam inundações e erosão dos solos) e a subida do nível das águas do mar são alguns dos cenários traçados pelo relatório.
“As pessoas vão sentir de forma inexorável os efeitos das mudanças climáticas na saúde, trabalho e habitação, que poderão levar a grandes deslocações de populações de países vizinhos”, acrescenta o texto.
O relatório aponta medidas “relativamente simples” a tomar na agricultura, como mudanças na utilização dos solos e alteração da época das sementeiras, bem como o recurso a culturas resistentes à seca. Por outro lado, são sugeridas soluções mais “difíceis e onerosas” como o reforço de diques, mudança de portos, indústrias, vilas e mesmo cidades inteiras de zonas costeiras baixas e de planícies inundáveis.
Cerca de 85 por cento da costa belga e holandesa e 50 por cento da costa alemã estão a cinco metros abaixo do nível médio das águas do mar. Aconselha ainda que os investimentos em grandes infra-estruturas (pontes, portos e auto-estradas) devem passar a ter em consideração este impacto.
“Os Estados Unidos partem já do princípio que se registará o aumento de um metro do nível do mar quando constroem em zonas costeiras”, acrescenta.
O documento ressalva, no entanto, que a adaptação às mudanças climáticas “jamais será uma alternativa à redução das emissões de gases com efeitos de estufa porque existem limites para a adaptação”.
A U.E- comprometeu-se em Março a reduzir pelo menos 20 por cento das suas emissões de gases com efeito de estufa até 2020, relativamente aos valores de 1990. Mostrou-se ainda disponível para ir até aos 30 por cento, seguindo as recomendações dos cientistas, no quadro de um acordo internacional que venha a suceder ao protocolo de Quioto, que expira a 2012.
A União Europeia quer relançar as negociações internacionais no quadro da próxima conferência da ONU, agendada para Dezembro, em Bali. O objectivo é trazer à mesa das conversações os Estados Unidos que têm rejeitado qualquer compromisso no que toca à redução das emissões de CO2.
Fonte: Jornal “O Figueirense” (08 de Junho de 2007)
O “livro verde” sobre a adaptação da União Europeia às mudanças climáticas, a publicar em meados de Junho, refere ainda que a redução das emissões de CO2 não será suficiente para fazer face às mudanças no clima nas próximas décadas.
“A adaptação é um complemento inevitável nos esforços para atenuar os efeitos das mudanças climáticas. Um certo grau de mudança será inevitável mesmo que resultem os esforços para a atenuar nas próximas décadas”, escreve a comissão no documento antecipado pela agência France-Presse.
O agravamento da seca no sul da Europa, o aumento das tempestades e das chuvas intensas (que provocam inundações e erosão dos solos) e a subida do nível das águas do mar são alguns dos cenários traçados pelo relatório.
“As pessoas vão sentir de forma inexorável os efeitos das mudanças climáticas na saúde, trabalho e habitação, que poderão levar a grandes deslocações de populações de países vizinhos”, acrescenta o texto.
O relatório aponta medidas “relativamente simples” a tomar na agricultura, como mudanças na utilização dos solos e alteração da época das sementeiras, bem como o recurso a culturas resistentes à seca. Por outro lado, são sugeridas soluções mais “difíceis e onerosas” como o reforço de diques, mudança de portos, indústrias, vilas e mesmo cidades inteiras de zonas costeiras baixas e de planícies inundáveis.
Cerca de 85 por cento da costa belga e holandesa e 50 por cento da costa alemã estão a cinco metros abaixo do nível médio das águas do mar. Aconselha ainda que os investimentos em grandes infra-estruturas (pontes, portos e auto-estradas) devem passar a ter em consideração este impacto.
“Os Estados Unidos partem já do princípio que se registará o aumento de um metro do nível do mar quando constroem em zonas costeiras”, acrescenta.
O documento ressalva, no entanto, que a adaptação às mudanças climáticas “jamais será uma alternativa à redução das emissões de gases com efeitos de estufa porque existem limites para a adaptação”.
A U.E- comprometeu-se em Março a reduzir pelo menos 20 por cento das suas emissões de gases com efeito de estufa até 2020, relativamente aos valores de 1990. Mostrou-se ainda disponível para ir até aos 30 por cento, seguindo as recomendações dos cientistas, no quadro de um acordo internacional que venha a suceder ao protocolo de Quioto, que expira a 2012.
A União Europeia quer relançar as negociações internacionais no quadro da próxima conferência da ONU, agendada para Dezembro, em Bali. O objectivo é trazer à mesa das conversações os Estados Unidos que têm rejeitado qualquer compromisso no que toca à redução das emissões de CO2.
Fonte: Jornal “O Figueirense” (08 de Junho de 2007)
A União Europeia alerta para a perigosidade de acontecerem várias inundações provocadas pelo aquecimento global
0 comentários: